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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Tityus stigmurus Thorell, 1876



Tityus C. L. Koch, 1836, é o maior gênero em número de espécies descritas dentro da ordem Scorpiones. Sua distribuição geográfica é ampla na América do Sul. No Brasil é o gênero mais rico estando representado por 35 espécies Lourenço (2002).

Tityus stigmurus

Tityus stigmurus mede aproximadamente 7 cm, alguns autores sugerem que T. Stigmurus e T. serrulatus sejam a mesma sp, sendo que T. serrulatus trate-se de uma população partenogenica que acabou se sobrepondo a população sexuada, outros autores acreditam que se tratem de espécies distintas (Pessôa 1935; Mello-Leitão 1939; Eickstedt 1983).

Sua coloração varia do amarelo ao marrom avermelhado, possui no prossoma um triângulo negro e a presença de três faixas longitudinais sobre os tergitos, estas estendem-se até o segundo ou terceiro tergito, o telson é castanho-claro com a porção final do acúleo avermelhada.

Foi originalmente descrito para o estado de Pernambuco, podendo ser considerada como espécie quase endêmica da região Nordeste (Existem registros de ocorrência ao norte de Minas Gerais). É registrado nos Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí, (K. Brazil et.al,2009).

Lourenço & Cloudsley-Thompson (1996) e Lourenço et al. (1996) sugerem que as populações sexuais e partenogênicas do complexo Tityus stigmurus /Tityus serrulatus correspondam respectivamente a populações da escala norte de T. stigmuros e da escala sul de T. serrulatus. Porem segundo Lourenço, os indivíduos sexuais de T. stigmuros, ocorrem em uma região imperturbada no estado de Pernambuco, visto que as populações partenogenéticas são encontrados entre as comunidades humanas ao longo das regiões litorais da sua escala do norte.

A proposta mais atual para a taxonomia do gênero Tityus é a de Lourenço (2002), onde propuseram a divisão em grupos de espécies, propondo três grupos: Tityus clathratus, Tityus bahiensis e Tityus asthenes.
Portanto atualmente a taxonomia do gênero Tityus é bem controversa, assim os escorpiões vendidos como Tityus stigmurus possivelmente podem tratar-se de outras morfologias como; T. Trivitattus, T.unifasciata, T. confluenciata.

Manejo.

A espécie é comumente criada em cativeiro, no entanto deve-se tomar muito cuidado no manejo, já que se trata de uma das três espécies com maior causa de evolução sintomática em acidentes.

No Nordeste
Tityus stigmurus é sempre referido como o principal agente etiológico. No Recife foram registrados acidentes com crianças picadas por T.stigmurus, incluindo um óbito.

O terrário deve conter pedras e troncos como abrigos, o substrato não precisa ser profundo, já que a espécie não costuma se enterrar. A umidade deve permanecer em torno dos 70%. A alimentação é a base de artropodes em geral. São bem ativos, sobretudo durante a noite.

Reprodução: sexuada ou partenogenica.

[chel.jpg]por Theraphosidae

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