Visitantes

domingo, 25 de abril de 2021

Heterophrynus longicornis - Aspectos gerais

Amblipigios também sao aracnídeos, primo das aranhas e dos escorpioes mas pertencem a outra ordem, chamada Amblypygi. 




Eles têm um aspecto mais primitivo e não possuem veneno porém, relatos de mordidas dizem que são doloridas, e se eles derem uma apertada com os palpos (essas garras q eles têm na frente), pode dar uma beliscada também, dependendo do tamanho.

A espécie em questão é arborícola e fotofóbica, existem rumores dessa mesma espécie que foram encontradas em cavernas, mas não sei saiu algo oficial até o momento.

O ideal é um terrario mais alto do que comprido com bastante troncos, cork barks ou camadas sobrepostas de cascas de arvores colocadas verticalmente.

É um espécie tímida, que pode ser ambientada em locais iluminados porém, os retiros descritos acima sao importantes, uma vez que eles saírão pra caçar a noite. 

Em experiência pessoal, não registrei canibalismo entre indivíduos DO MESMO TAMANHO, porém, não coloquei indivíduos de tamanhos diferentes juntos pra ver oq acontecia, pois havia lido que podiam se matar. 

Comem insetos e são extremamente vorazes, crescem muito bem entre ecdises e as fazem pendurados de cabeça pra baixo em algum galho. 

Hidratação é de EXTREMA importância pois não importa o quão umido esteja o recinto, eles podem travar na troca e morrer, e isso acontece bastante. 

Umidade pra filhotes pode ser feita apenas com substrato umido, mas não encharcado e jovens e adultos podem ficar com umidade um pouco mais baixa, lembrem-se; umidade NÃO é sinonimo de hidrataçao.




A cópula é igual a de escorpioes, machos colocam uma estrutura chamada espermatoforo em algum local sólido e guiam a femea ate essa estrutura q contém o esperma, encaixando a abertura genital da mesma ali, ou seja, cópula externa. 

A femea faz uma ooteca transparente e a carrega embaixo do abdome até as ninfas nascerem, essas entao, ficam nas costas da mae até virarem lings e dispersarem. 

A diferença com os escorpioes é que, diferente dos primos, amblipigios nao copulam e têm filhotes apos a ultima troca (qdo maturam), eles maturam antes e podem seguir trocando mesmo após ter a primeira cria. 

Geralmente, postam de 1 a 3 ootecas por ano, com apenas uma cópula, e dessas podem nascer até 20 a 25 filhotes. 

Por ultimo, a média de vida dessa especie é des 5, 6 anos, mas alguns individuos podem morrer com 4 anos, não há diferença de idade entre machos e femeas.

Curiosidade: um amblipigio apareceu em um dos filmes da saga Harry Potter, ali ele foi chamado de Aranha-Alguma Coisa e foi dito que eram venenosos, o que deu uma espalhada na fama desses bichos serem maus.

Por Adalberto Peixoto

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Fungos 2, a vingança.

 Um tempo atrás, escrevi um texto sobre fungos no intuito de acalmar o pessoal em relação a esses organismos serem todos parasitários, algumas duvidas surgiram a um tempo, mas só consegui ir atrás de mais informações agora, seguem respostas.

Se fungos parasitas agem de dentro pra fora, quer dizer que quando aparecem fungos na minha caranga, ela já esta fadada a morte?

Não, os fungos que aparecem na sua caranga não são parasitas, eles apenas se alojaram na superfície do exoesqueleto. Fungos parasitas, saem do exoesqueleto quando a caranga já morreu ou está quase lá.

Se os fungos que aparecem na minha caranga, não são parasitas, porque eles aumentam?

Carangas têm o exoesqueleto hidrofóbico, ou seja, a água se espalha por ele mas não fica inteiramente molhado. Fungos gostam de umidade, se o exosequeleto da caranga está úmido, o fungo pode se espalhar, mas não se alimentar, da caranga.

Se os fungos que aparecem na minha caranga, não são parasitas, como eles podem oferecer algum mal, caso ela esteja com o sistema imune comprometido?

Fungos não parasitas podem matar carangas debilitadas se alojando na boca, pulmões ou ânus, novamente, eles não se alimentam da caranga, mas obstruindo essas passagens, podem levá-las a óbito. É algo incomum de se acontecer, pode-se dizer que é até raro, geralmente, quando as pessoas acham a caranga morta já fungada, atribuem a culpa ao fungo, mas na grande maioria dos casos, ela morreu de outras causas, mas fungou rapidamente.

Em ecdise, sabe-se que carangas ficam vulneráveis, esses fungos não parasitas oferecem algum problema a caranga durante o processo?

Não, ainda que ela faça a troca em cima do fungo, dificilmente ele subirá nela, é algo que, novamente, só aconteceria se a caranga estivesse de alguma forma, debilitada. Quando a caranga apresenta fungo, e faz a troca, o fungo sai na ecdise por completo.

Tratamentos.

- socar rango pra caranga fazer ecdise logo, rs.

- pomada pra micose, dizem que ajuda em pequenas infestações.

- “varrer” o local fungado com um pincel, isso funciona pra determinados tipos de fungos.

- passar fungicida na região, isso não é válido pra fungos próximos a boca.

Na foto, uma T. stirmi de um colega canadense com bastante fungo pelo corpo, frisando novamente, esses fungos não estão parasitando esse animal. A infecção foi contida e a  caranga ficou bem após a ecdise. Infelizmente, não consegui foto do depois, se ele me enviar, atualizo aqui.

Fontes:

arachnoboards.com

The Tarantula Keepers Guide pag. 217.


Foto por Austin N.


quinta-feira, 15 de abril de 2021

Curiosidades sobre cerdas urticantes ... ou a ausência delas.

 Fala, galera!

Vocês sabiam que existem 107 espécies de caranguejeiras do novo mundo que não possuem cerdas urticantes?

 

Demos uma pesquisada e encontramos a lista abaixo (fonte no final do post).

 

Espécie/Subfamilia/País:

1.    Acanthopelma beccarii/Ischnocolinae/Guiana

2.    Acanthopelma rufescens/Ischnocolinae/America Central

3.    Catumiri argentinense/Ischnocolinae/Argentina, Chile

4.    Catumiri chicaoi/Ischnocolinae/Brasil

5.    Catumiri parvum/Ischnocolinae/Brasil, Uruguai

6.    Catumiri petropolium/Ischnocolinae/Brasil

7.    Cyrtogrammomma monticola/Ischnocolinae/Guiana

8.    Cyrtogrammomma raveni/Ischnocolinae/Guiana

9.    Dolichothele auratum/Ischnocolinae/Brasil

10. Dolichothele bolivianum/Ischnocolinae/Bolivia, Brasil

11. Dolichothele camargorum/Ischnocolinae/Bolivia, Brasil

12. Dolichothele diamantinensis/Ischnocolinae/Brasil

13. Dolichothele dominguense/Ischnocolina/Brasil

14. Dolichothele exilis/Ischnocolinae/Brasil

15. Dolichothele mineirum/Ischnocolinae/Brasil

16. Dolichothele mottai/Ischnocolinae/Brasil

17. Dolichothele rufoniger/Ischnocolinae/Brasil

18. Dolichothele tucuruiense/Ischnocolinae/Brasil

19. Euthycaelus amandae/Schismathothelinae/Colombia

20. Euthycaelus astutus/Schismathothelinae/Venezuela

21. Euthycaelus colonica/Schismathothelinae/Venezuela

22. Euthycaelus guane/Schismathothelinae/Colombia

23. Euthycaelus norae/Schismathothelinae,/Colombia, Venezuela

24. Guyruita atlantica/Schismathothelinae/Brasil

25. Guyruita cerrado/Schismathothelinae/Brasil

26. Guyruita giupponii/Schismathothelinae/Brasil

27. Guyruita guadanuccii/Schismathothelinae/French Guiana

28. Guyruita isae/Schismathothelinae/Brasil

29. Guyruita metallophila/Schismathothelinae/Brasil

30. Heterothele caudicula/Ischnocolinae/Argentina

31. Holothele culebrae/Ischnocolinae/Porto Rico

32. Holothele denticulata/Ischnocolinae/Cuba

33. Holothele longipes/Ischnocolinae/Bolivia, Brazil, French Guiana, Suriname, Trinidade e Tobago, Venezuela, Guiana, Panama

34. Holothele maddeni/Ischnocolinae/Republica Dominicana

35. Holothele shoemakeri/Ischnocolinae/Ilhas Virgens EUA (São Tomas)

36. Holothele sulfurensis/Ischnocolinae/Guadalupe

37. Ischnocolus rubropilosus/Ischnocolinae/Brasil

38. Melloina gracilis/Ischnocolinae/Venezuela

39. Melloina rickwesti/Ischnocolinae/Panama

40. Melloina santuario/Ischnocolinae/Venezuela

41. Neoholothele fasciaaurinigra/Schismathothelinae/Colombia

42. Neoholothele incei/Schismathothelinae/Trinidade e Tobago, Venezuela

43. Psalistops colombianus/Trichopelmatinae/Colombia

44. Psalistops melanopygius/Trichopelmatinae/Venezuela

45. Psalmopoeus cambridgei/Psalmopoeinae/Trinidade

46. Psalmopoeus copanensis/Psalmopoeinae/Honduras

47. Psalmopoeus ecclesiasticus/Psalmopoeinae/Equador

48. Psalmopoeus emeraldus/Psalmopoeinae/Colombia

49. Psalmopoeus intermedius/Psalmopoeinae/Panama

50. Psalmopoeus irminia/Psalmopoeinae/Brazil, Guiana, Venezuela

51. Psalmopoeus langenbucheri/Psalmopoeinae/Venezuela

52. Psalmopoeus maya/Psalmopoeinae/Belize

53. Psalmopoeus petenensis/Psalmopoeinae/Guatemala

54. /Psalmopoeus plantaris/Psalmopoeinae/Colombia

55. Psalmopoeus pulcher/Psalmopoeinae/Panama

56. Psalmopoeus reduncus/Psalmopoeinae/Belize to Panama

57. Psalmopoeus sandersoni/Psalmopoeinae/Belize

58. Psalmopoeus victori/Psalmopoeinae/Mexico

59. Pseudoclamoris burgessi/Psalmopoeinae/Colombia, Peru

60. Pseudoclamoris elenae/Psalmopoeinae/Equador

61. Pseudoclamoris gigas/Psalmopoeinae/Guiana Francesa

62. Reichlingia annae/Ischnocolinae/Belize

63. Schismatothele benedettii/Schismathothelinae/Brasil

64. Schismatothele hacaritama/Schismathothelinae/Colombia

65. Schismatothele inflata/Schismathothelinae/Venezuela

66. Schismatothele kastoni/Schismathothelinae/Venezuela

67. Schismatothele lineata/Schismathothelinae/Venezuela

68. Schismatothele modesta/Schismathothelinae/Colombia

69. Schismatothele olsoni/Schismathothelinae/Colombia, Venezuela

70. Schismatothele opifex/Schismathothelinae/Venezuela

71. Schismatothele weinmanni/Schismathothelinae/Colombia

72. Sickius longibulbi/Schismathothelinae/Brasil

73. Tapinauchenius brunneus/Psalmopoeinae/Brasil

74. Tapinauchenius concolor/Psalmopoeinae/Guiana

75. Tapinauchenius cupreus/Psalmopoeinae/Equador

76. Tapinauchenius latipes/Psalmopoeinae/Venezuela

77. Tapinauchenius plumipes/Psalmopoeinae/Suriname

78. Tapinauchenius polybotes/Psalmopoeinae/Pequenas Antilhas (Santa Lucia)

79. Tapinauchenius rasti/Psalmopoeinae/Pequenas Antilhas (São Vicente e Granadinas)

80. Tapinauchenius sanctivincenti/Psalmopoeinae/São Vicente

81. Tapinauchenius violaceus/Psalmopoeinae/Brasil, Guiana Francesa

82. Trichopelma affine/Trichopelmatinae/Granada

83. Trichopelma banksia/Trichopelmatinae/Cuba

84. Trichopelma bimini/Trichopelmatinae/Bahamas

85. Trichopelma coenobita/Trichopelmatinae/Venezuela, Trinidade e Tobago

86. Trichopelma cubanum/Trichopelmatinae/Cuba

87. Trichopelma fulvum/Trichopelmatinae/Haiti

88. Trichopelma gabrieli/Trichopelmatinae/Republica Dominicana

89. Trichopelma goloboffi/Trichopelmatinae/Cuba

90. Trichopelma huffi/Trichopelmatinae/Republica Dominicana

91. Trichopelma illetabile/Trichopelmatinae/Brasil

92. Trichopelma insulanum/Trichopelmatinae/Ilhas Virgens, Porto Rico

93. Trichopelma juventud/Trichopelmatinae/Cuba

94. Trichopelma laselva/Trichopelmatinae/Costa Rica

95. Trichopelma laurae/Trichopelmatinae/Cuba

96. Trichopelma loui/Trichopelmatinae/Jamaica

97. Trichopelma maculatum/Trichopelmatinae/Bahamas

98. Trichopelma nitidum/Trichopelmatinae/Republica Dominicana

99. Trichopelma platnicki/Trichopelmatinae/Jamaica

100. Trichopelma steini/Trichopelmatinae/Venezuela

101. Trichopelma tostoi/Trichopelmatinae/Republica Dominicana

102. Trichopelma venadense/Trichopelmatinae/Costa Rica

103. Trichopelma zebra/Trichopelmatinae/Panama

104. Yanomamius franciscoi/Schismathothelinae/Brasil

105. Yanomamius neblina/Schismathothelinae/Brasil

106. Yanomamius raonii/Schismathothelinae/Brasil

107. Yanomamius waikoshiemi/Schismathothelinae/Venezuela

 

Fonte: https://arachnoboards.com/threads/list-of-new-worlds-which-do-not-possess-urticating-hairs.344636/

Por Equipe AHB


terça-feira, 13 de abril de 2021

Fungos, os incompreendidos.

Mofo, bolor, fungo. Segue textao abaixo pra vocês ficarem mais tranquilos quanto a fungos no terrario. :)



Bom, vou tentar escrever uma parada um pouco mais completa sobre fungos aqui, baseado em alguns textos que li, vou tentar o máximo pra não deixar muita coisa se perder na tradução. 

Primeiro, vamos as terminologias:

1- Fungi: Assim como o reino Animal e o Vegetal, nós temos um reino só pros fungos. Mofo, leveduras, cogumelos, entre outros, são todos pertencentes a esse reino.

2- Mofo: É um subtipo de fungo, formado por filamentos chamados hifas

3- Levedura: Outro subtipo de fungo.

4- Fungo dimórfico: Dependendo de fatores externos como temperatura, por exemplo, podem ser mofo ou levedura, é o grupo responsável por várias doenças humanas.

5- Cogumelos: São corpos “frutosos” de alguns fungos, mas não são fungos per se. 

6- Microsporidia: Esses sim, são parasitas obrigatórios, ou seja, eles dependem de outros organismos vivos pra sobreviver, geralmente são encontrados em animais.


A grande maioria de fungos, mofos e leveduras são saprófitas, isso significa que eles consomem apenas matérias em decomposição. Se eles aparecerem como se fosse um carpete nos potes/terrarios ou até mesmo se aparecerem cogumelos por exemplo, eles são saprófitos, portanto, inofensivos, e podem ser ignorados. Como regra geral, se estão consumindo somente matéria em decomposição, eles são quase que completamente inofensivos pra caranguejeiras e qualquer outro invertebrado. 

Fungos saprófitos não entram em organismos vivos e, alem de tudo isso, caranguejeiras têm um sistema imunológico que consiste de células especializadas chamadas hemócitos, bem como peptídeos antimicrobiais que juntos, são extremamente eficazes contra fungos. 

No entanto, existem alguns poucos fungos que são oportunistas, e ficam entre os saprófitos, esses fungos podem atacar a aranha desde que ela esteja debilitada, ou seja, se a aranha estiver enfraquecida por más condições, por exemplo (umidade elevadíssima, terrario abafado, infecções bacteriais, etc.), esses fungos parasitas aproveitam a oportunidade. Lembrem-se, desde que elas esteja debilitada/enfraquecida.

Existem também fungos entomoparasitas, ou seja, eles atacam insetos e aranhas. Um exemplo é o Cordyceps e outros do mesmo grupo, mas existem outros gêneros também. Esses fungos são parasitas obrigatórios mas eles não aparecem somente pegando uma corrente de ar da Amazônia pra outro local, os esporos não chegam tão longe e mesmo que chegassem, um único esporo não tem chance alguma contra uma caranguejeira saudável, lembram do sistema imunológico? 

Ou seja, esses esporos já têm que estar fixados em algum lugar, pra poder chegar em cativeiro, geralmente em aranhas coletadas ou, mais raro, em grilos. Porém, colônias de grilos infectados acabam com todos os indivíduos mortos rapidamente, então é bem raro que um vendedor de grilo tenha esses fungos na criação, uma vez que ficaria sem estoque rapidamente. Além disso, se uma caranguejeira comer UM grilo infectado, ele e o fungo seriam digeridos normalmente, sem grandes complicações. 

Os sintomas de infecções  desses fungos são muito difíceis de ver, uma vez que eles se desenvolvem dentro do animal e, quando eles saem do exoesqueleto pra liberar os esporos, o animal já está morto, tudo o que se vê é que o animal vai ficando cada vez mais fraco, até morrer. Lembrem-se, estamos falando de caranguejeiras coletadas.


O ultimo grupo preocupante é o Microsporidia, que são fungos parasitas obrigatórios intracelulares. Existe um caso apenas de microsporídia em caranguejeiras, no caso em questão, as aranhas mostraram sinais de diskinesia, o criador perdeu boa parte do que ele tinha e, em análise patológica mais aprofundada, foram identificados microsporídia nas células intestinais. Não há quase nenhum registro de infecção por esse tipo de fungo em caranguejeiras, isso porque eles não têm a aparência de fungo e os animais infectados apresentam sintomas inesperados. 

Aos preguiçosos que não leram o textão:

1- Fungos que parecem carpetes, entre outros, são saprófitos e inofensivos. Podem ser ignorados desde que a caranguejeira esteja totalmente saudável, e os parâmetros do terrário estejam quase perfeitos (nunca é perfeito, RS)

2- Entomoparasitas matam rapidamente e internamente, mas eles precisam já estar em algum local ou animal. 

3- Microspiridia matam sem aviso, se a caranga apresentar sintomas de diskinesia, pode-se considerar esses fungos.

Fonte: https://arachnoboards.com/threads/all-you-need-to-know-about-mold.313315/

Tem outros links bem interessantes nesse link tb, mas nao os utilizei.

Por Adalberto Peixoto

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Tityus obscurus (Gervais, 1843) - Cuidados gerais.

 Tendo em vista a popularização da criação de Tityus obscurus em cativeiro, segue um pouco sobre a espécie abaixo, com o intuito de ALERTAR, não desencorajar.

Tityus obscurus (Gervais, 1843) - Cuidados gerais.



De maneira geral, os cuidados desses escorpiões são simples, pois trata-se de uma espécie fácil de se manter. Manter parte do substrato úmida é importante e, se viver em regiões frias, talvez seja necessário algum aquecimento (mesmo que deixar perto de um modem/roteador).

Lembrando que, furos de respiro no pote, assim como pra carangas, são importantes.


É uma espécie tímida, que gosta de se esconder, logo, cascas de arvore, serrapilheira, enfim, tocas no solo, são bem vindas. A diferença com outras espécies de Tityus é que eles podem subir um pouco, ficando escondidos entre cascas de arvores e troncos ou pequenas fendas/buracos que possam encontrar no meio.

Portanto, esconderijos na vertical também se fazem necessários pra dar a liberdade ao animal de ir e vir.


É um espécie que pode ficar um pouco maior que outros Tityus chegando a mais ou menos 9cm, de acordo com o catalogo oficial dos escorpiões (The Scorpion Files - www.ntnu.no), o crescimento é relativamente rápido e, embora sejam “pintados” quando lings, conforme crescem, vão ficando pretos e eles NÃO SÃO PARTENOGÊNICOS, ou seja, precisam do macho e da fêmea pra reproduzir.


É MUITO importante frisar, e é agora que vem o alerta, que essa espécie faz parte dos 4 escorpiões potencialmente fatais brasileiros, juntamente com T. bahiensis, T. serrulatus e T. stigmurus. É uma espécie que não está tão inserida em ambiente urbano como as outras, e são mais selvagens, tendendo a ser mais rápidas, ágeis, e se necessário, defensivas. São animais que podem assustar caso resolvam correr, e mesmo durante essa corrida, podem “chicotear” o aguilhão aleatoriamente em qualquer direção. Além disso, podem usar o abdome posterior (“cauda”), de forma bem ágil, a fim de alcançar superfícies mais altas, como a boca do pote que eles não conseguem escalar normalmente.


Por conta desses comportamentos, muita gente fica com medo de fazer furos de ventilação, ou de retirar restos de alimentos, deixando os indivíduos meio que “largados”.



Portanto, se NÃO tiverem experiência com escorpiões, não é uma espécie aconselhável de se adquirir MAS, se ainda assim quiser uma, monte o terrário de forma ADEQUADA AO BICHO e, se sentir muito pressionado ou achar que a espécie da muito trabalho, NÃO SOLTE, pois a possibilidade de se tornarem espécie invasora em outras regiões do Brasil são grandes, enfim, caso aconteça de “não querer mais”, doe pra quem tem condições de cuidar, não só a espécie, mas a natureza em geral, agradecem.

Por Adalberto Peixoto

domingo, 4 de abril de 2021

Scorpions of the World.

 Opa galera, beleza?

Iremos disponibilizar nesse topico um livro que é considerado a "bíblia" pra quem gosta de escorpiões.


O nome dele é Scorpions of the World. 


Divirtam-se. :)

http://library.lol/main/11D4FD251BA6463CC364F6A965D3DC2A

Por, equipe AHB.