
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Gênero Haplopelma
As aranhas d gênero Haplopelma são nativas da Ásia, tendo espécies na China, Malásia, Tailândia, Borneo, Camboja e Vietnam, para mantê las em cativeiro é necessária uma umidade em torno de 75%/80% e precisam de um nível alto de substrato já que são aranhas buraqueiras...
As espécies do Gênero Haplopelma são:
H. Albostriatum - Thai Zebra
H. Doriae - Borneo Orange Fringed
H. Hainanum - Chinese Black Earth Tiger
H. Huwenum - Chinese Goliath Earth Tiger
H. Lividum - Cobalt Blue
H. Longipes - Vietnamese Black Earth Tiger
H. Minax - Thailand Black
H. Robustum - Bach Ma Earth Tiger
H. Salangense - Malaysian Blue-Femur Earth Tiger
H. Schmidti - Chinese Golden Earth Tiger
H. sp. Kambodscha - Cambodian Black Earth Tiger
H. Vonwirthi - Vietnamese Thai Tiger
Eu to com uma Haplopelma minax aqui, é um bicho legal, por mais que seja raro de ve-la seus hábitos são interessantes, sua toca é funda pra caralho e além de cavar ela constrói uma torre com a terra...
sábado, 30 de janeiro de 2010
Phoneutria nigriventer, vista de outro ângulo
Phoneutria nigriventer (jovem macho)
O gênero Phoneutria é composto atualmente por 8 espécies, todas com peçonha altamente tóxica, por isso são consideradas aranhas de importância médica. O gênero se distribui amplamente na região tropical da América central e principalmente na América do Sul, no Brasil ocorre em todas as regiões, sendo que aqui na Amazônia ocorrem quatro espécies P. boliviensis, P. fera, P. reidyi e P. nigriventer, nesta última quarta feira, encontrei uma Phoneutria nigriventer jovem, que ao primeiro contato não demonstrou agressividade e mesmo após coletada e transportada não demostrou agressividade, é um animal extremamente rápido e tem uma visão muito boa, tive muito trabalho para fotografar este animal, não por ser agressivo, mas sim por ser extremamente ágil, e também pelo meu medo (confesso fiquei com medo), mas ao contrário do que eu pensava o animal não tentou nenhuma vez me atacar, apesar deste animal ter a fama de “Fera das Florestas” não foi diferente dos demais Ctenídeos que eu já encontrei,O que na minha opinião faz a diferença em ser ou não atacado é o respeito de demonstramos ao animal e isso não vale apenas para as Phoneutrias ou outras aranhas, mas para qualquer animal, serpentes e outros répteis também são julgados por muitos como animais traiçoeiros, mas se esquecem que geralmente os acidentes acontecem quando não respeitamos os limites destes animais.
Phoneutria nigriventer (jovem macho)
Mostrar o lado bonito de um animal temido e vítima de preconceito não é fácil, alias é a tarefa mais difícil, pois a beleza é algo subjetivo e relativo, o que é bonito para alguns pode ser desprezível para outros, no entanto pode-se mostrar o animal de uma forma diferente do que geralmente é visto, em uma pesquisa no Google não é difícil encontrar fotos da Phoneutria só que na maioria destas fotos o animal está em posição de ataque, ou seja, a maioria das fotos mostram o lado agressivo do animal, com isso as pessoas vão criando uma visão errada de como é o animal.
Phoneutria nigriventer (jovem macho)
Estes animais são considerados por muitos o terror das florestas tropicais, chegaram a figurar no Guinness World Records, em 2007 como as aranhas do “veneno” mais tóxico do mundo e responsável pela morte de mais pessoas que foram picadas, mas não é só por isso que merece o nosso respeito!!!
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Regras de Pronúncia do Latim para os Nomes Científicos
Bem pessoal, eu andei pesquisando sobre as regras do latim, e fiz uma relação com as espécies de carangas e relacionei com as regras do latim, creio que a maioria dos criadores aqui já saibam como pronunciar corretamente os nomes científicos, porém, os mais novos no hobby podem não saber, e tão importante quanto escrever corretamente é pronunciar corretamente!
No latim, temos algumas regrinhas básicas na hora da pronúncia:
A letra Y se pronuncia como I:
Avicularia aymara = Aviculária aimára
Cyriopagopus paganus = Ciriopagópus pagánus
Lyrognathus saltator = Lirognatus saltátor
Selenogyrus africanus = Selenoguirus africânus
Hysterocrates didymus = Isterocrates didímus
O encontro consonantal CH se pronuncia como K:
Tapinauchenius plumipes = Tapinaukênius plumípes
Chilobrachys tschankoensis = Kilobrákis bícolor
Brachypelma schroederi = Brakipélma skredéri
Grammostola pulchra = Grammôstola púlkra
Pachistopelma concolor = Pakistopélma cóncolor
Chromatopelma cyaneopubescens = Kromatopélma cianeopubéscens
Pterinochilus vorax = Pterinokílus voráks
A letra G se pronuncia como G antes de A, O, U e como GU antes de E ou I:
Hysterocrates gigas = Isterocrates guígas
Augacephalus junodi = Augacéfalus iunódi
Holothele longipes = Olotele longuípes
Haplopelma salangense = Aplopélma salanguénse
Ceratogyrus darlingi = Ceratoguirus darlíngui
A letra X se pronuncia como CS ou KS (neste caso a pronúncia é quase a mesma):
Oligoxystre auratum = Oligoksistre aurátum
Thrixopelma cyaneolum = Triksopelma cianélum
Xenesthis monstrosa = Csenestis monstróza
Aphonopelma xanthochromum = Afonopélma csantokrómum
Os encontros vocálicos OE e AE são sempre pronunciados como E aberto:
Trichognathella schoenlandi = Trikognatella skenlándi
Holothele shoemakeri = Olotéle shemákeri
Poecilotheria regalis = Pecilotéria regális
Psalmopoeus pulcher = Psalmopêus púlker
Grammostola doeringi = Grammôstola deríngui
Sphaerobothria hoffmanni = Sferobotria offmâni
Plesiophrictus meghalayaensis = Pleziofríctus megaláiensis
Chaetopelma concolor = Ketopélma cóncolor
Grammostola actaeon = Grammôstola actéon
Vitalius paranaensis = Vitálius paranénsis
O encontro consonantal PH sempre se pronuncia como F:
Aphonopelma phasmus = Afonopélma fásmus
Cyrtopholis bryantae = Cirtofolis briante
Ephebopus cyanognathus = Efebópus cianognátus
Eumenophorus murphyorum = Eumenofórus murfiórum
Phoneyusa elephantiasis = Foneiúza elefancíasis
A sílaba TI seguida de vogal se pronuncia CI:
Lasiodora curtior = Laziodôra cúrcior
Plesiopelma semiaurantiacum = Pleziopélma semiauranciácum
Avicularia aurantiaca = Aviculária auranciáca
Aphonopelma cratium = Afonopélma crácium
A letra S entre vogais se pronuncia como Z, e precedida de consoante como SS:
Avicularia caesia = Aviculária cézia
Heterothele villosella = Eterotele villozélla
Poecilotheria formosa = Pecilotéria formóza
Lasiodora isabellina = Laziodôra izabellína
Avicularia versicolor = Aviculária verssícolor
Avicularia braunshaunseni = Aviculária braunssaunsseni
Nhandu carapoensis = Nándu carapoénssis
Phormictopus brasiliensis = Formictópus brasiliênssis
A letra H é sempre muda, salvo se vier precedida de P ou C:
Nhandu coloratovillosus = Nándu coloratovillózus
Hemirrhagus nahuanus = Emirrágus nauánus
Hapalotremus cyclothorax = Apalotrémus ciclotoráks
Euathlus pulcherrimaklaasi = Euátlus pulkerrimaklazi
Citharacanthus niger = Citaracántus níger
A letra J tem sempre som de I:
Plesiophrictus raja = Plesiofrictus ráia
Phormictopus jonai = Formictopus ionái
Hysterocrates sjostedti = Isterocrates siostéti
Augacephalus junodi = Augacefalus iunódi
O encontro das letras TI precedido por S, X, T, continua sendo pronunciado como TI:
Hemirrhagus elliotti = Emirragus elliotti
Lasiodora cryptostigma = Lasiodora criptostígma
O sufixo OIDES pronuncia-se como OÍDES:
Acanthoscurria theraphosoides = Acantoscurria terafosoídes
Quanto a Acentuação
No latim, apenas a penúltima e antepenúltima sílaba levam acentuação tônica, ou seja, palavras paroxítonas e proparoxítonas.
Como localizar a sílaba tônica em palavras de mais de duas sílabas
A sílaba que serve de base para localizar a tônica é sempre a penúltima, sendo assim:
Se a vogal dessa sílaba for seguida de X ou Z ou de duas consoantes a tônica será nesta mesma sílaba.
Aphonopelma anax = Afonopélma anáks
Aphonopelma mordax = Afonopélma mordáks
Sericopelma fallax = Sericopélma falláks
Acanthoscurria convexa = Acantoscúrria convéksa
Selenocosmia imbellis = Selenocósmia imbéllis
Se na penúltima sílaba houver ditongo a tônica estará também nesta sílaba.
Cyrtopholis bartholomaei = Cirtófolis bartoloméi
Se a vogal da penúltima sílaba for seguida de outra vogal, o acento tônico estará na antepenúltima.
Avicularia purpurea = Aviculária purpúrea
Holothele sericea = Olothele seríce
Paraphysa riparia = Parafiza ripária
Nos compostos de COLOR o acento estará na antepenúltima.
bícolor, díscolor, trícolor, cóncolor, unícolor, etc.
O sufixo INUS das palavras latinas deverão ser pronunciados como paroxítonas.
matutína, velutína, tigrínum, lilacínus.
O I pode influenciar na acentuação quando estiver na penúltima sílaba, a palavra será uma proparoxítona.
Selenocosmia orophila = Selenocósmia orófila
Descoberta em Israel maior espécie de aranha do Oriente Médio

Pesquisadores da Universidade de Haifa, em Israel, divulgaram nesta terça-feira imagens de uma nova espécie de aranha descoberta nas dunas da região de Arava por uma equipe Departamento de Biologia da instituição. As informações são da agência EFE.
A nova aranha, da mesma família que as Cerbalus Genus, foi batizada de Cerbalus Aravensis em homenagem à região onde foi descoberta. Segundo os biólogos, suas pernas podem atingir 14 centímetros tornando-a a maior aranha do Oriente Médio.
Embora recém descoberta, a espécie já se encontra em risco de extinção, pois seu habitat natural está em perigo. As dunas de Arava foram reduzidas de 7 km² para apenas cerca de 3 km² quadrados atualmente.
VINI CHRIST

terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Pachistopelma rufonigrum Pocock, 1901
Bom, voltando ao assunto, mesmo antes de possuir a sp já achava fascinante os hábitos de tal aranha, sua dependência pelas bromélias e suas adaptações morfológicas únicas em toda a família Theraphosidae! OBS:Também sou fã de bromélias. Bom vou mandar um Care Sheet sobre a sp, as informações são baseadas em trabalhos de Dias e Brescovitt e observações pessoais, espero que gostem e que venha a servir para ajudar na manutenção de quem possui a sp.
Pachistopelma rufonigrum Pocock, 1901
(sinonímias = Avicularia pulchra Mello-Leitão, 1933 / Avicularia recifiensis Strunchen & Brändle, 1996.)
O gênero Pachistopelma pertence à subfamília Aviculariinae, sendo composto por duas espécies Pachistopelma rufonigrum nativa do nordeste do Brasil e Pachistopelma concolor proveniente da Guiana (Dias; Brescovit, 2003). Atingem tamanho médio, 4 cm de corpo e aproximadamente 10 cm de comprimento total. Ocorre dimorfimso sexual, sendo os machos menores que as fêmeas.

Observa-se também nos machos a presença de cerdas urticantes do tipo II, essas cerdas são ausentes nas fêmeas (Bertani, 2002).
Vivem durante toda o ciclo de vida em bromélias, sobretudo as dos gêneros Aechmea e Hohenbergia, em visitas de campo realizadas por Dias e Brescovit (2003) as aranhas não foram encontradas em nenhuma outra planta que não fosse uma bromélia, sendo que a maior locomoção constatada em um individuo forrageando foi de 30 cm. Assim, os pesquisadores chegaram à conclusão que as mudanças morfológicas apresentadas pela espécie tais como o tubérculo ocular baixo e o corpo achatado indicam que P. rufonigrum evoluiu para viver apenas em bromélias.
A espécie apresenta mudanças ontogenéticas no seu padrão de coloração. Os lings após eclodirem dos ovos são azulados, com nuances metálicas. Os juvenis passam a possuir uma listra negra na região central do dorso do abdômen disposta no sentido vertical e três listras negras no dorso do abdômen dispostas horizontalmente. Os adultos são totalmente negros. Acredita-se que a diferença na coloração entre indivíduos de instares diferentes dentro de uma mesma espécie seja uma estratégia para se evitar a competição intraespecífica (Dias, 2003).

CARE SHEET.
O ling chegou com aproximadamente 2,5 cm, a principio o mantive em um recipiente cilíndrico de aproximadamente 10 cm de diâmetro, ficou nesse recipiente até realizar a primeira ecdise aqui em casa, após essa ecdise o individuo passou de 2,5 para aproximadamente 4,5 cm e sua coloração mudou. Nesse instar o transportei para um terrário apropriado com as dimensões de 20 cm de largura por 40 cm de comprimento e 50 cm de altura. Tentei manter o interior do recinto o mais fiel possível ao ambiente natural da espécie, logicamente fui obrigado a plantar uma bromélia do gênero Aechmea. Esse gênero é facilmente encontrado em floriculturas.

Fiquei com certo peso na consciência de não ter posto ela logo no principio em um ambiente com uma bromélia, já que esta espécie passa todo seu ciclo de vida na planta, e esse peso aumentou ainda mais quando a coloquei no terrário, pois pude testemunhar o qual adaptadas essas aranhas são as bromeliáceas.
Ao introduzi-la no terrário coloquei-a propositalmente um tanto quanto longe da bromélia, ela passeou por aproximadamente 40 minutos procurando algum lugar para tecer e construir sua toca, e só parou quando se deparou com a bromélia. Desde então não saiu nem um segundo da planta, estabeleceu sua toca entre as folhas que formam o reservatório central de água, teceu um emaranhado de teia e ficou naquela posição típica das Avicularinae, com os membros posteriores esticados para trás e os membros dianteiros esticados para frente.
Alimenta-la é relativamente simples, basta jogar o inseto no interior do reservatório que ela prontamente ataca..... e por sinal que ataque.... mesmo quando os insetos caem na água que fica alojada na bromélia ela consegue apanhar a presa, se o interior esta cheio ela mergulha suas quelíceras e palpos na água para apanhar o alimento. É voraz e raramente nega alimento.
A umidade mantenho baixa, já que se trata de um animal que habita áreas de restinga e caatinga, portanto, apenas molho as plantas borrifando pouca água de dois em dois dias, a iluminação do interior do terrário ajuda a manter o calor.
Até o momento tenho me divertindo muito observando a espécie, trata-se de uma aranha de hábitos muito atraentes, aquisição obrigatória para hobbistas que desejam observar comportamentos interesantes.
http://www.scielo.br/pdf/rbzool/v20n1/v20n1a04.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-81752004000100025&script=sci_arttext
por Theraphosidae
Partenogenese em aranhas! Sera?

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