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quarta-feira, 7 de abril de 2021

Tityus obscurus (Gervais, 1843) - Cuidados gerais.

 Tendo em vista a popularização da criação de Tityus obscurus em cativeiro, segue um pouco sobre a espécie abaixo, com o intuito de ALERTAR, não desencorajar.

Tityus obscurus (Gervais, 1843) - Cuidados gerais.



De maneira geral, os cuidados desses escorpiões são simples, pois trata-se de uma espécie fácil de se manter. Manter parte do substrato úmida é importante e, se viver em regiões frias, talvez seja necessário algum aquecimento (mesmo que deixar perto de um modem/roteador).

Lembrando que, furos de respiro no pote, assim como pra carangas, são importantes.


É uma espécie tímida, que gosta de se esconder, logo, cascas de arvore, serrapilheira, enfim, tocas no solo, são bem vindas. A diferença com outras espécies de Tityus é que eles podem subir um pouco, ficando escondidos entre cascas de arvores e troncos ou pequenas fendas/buracos que possam encontrar no meio.

Portanto, esconderijos na vertical também se fazem necessários pra dar a liberdade ao animal de ir e vir.


É um espécie que pode ficar um pouco maior que outros Tityus chegando a mais ou menos 9cm, de acordo com o catalogo oficial dos escorpiões (The Scorpion Files - www.ntnu.no), o crescimento é relativamente rápido e, embora sejam “pintados” quando lings, conforme crescem, vão ficando pretos e eles NÃO SÃO PARTENOGÊNICOS, ou seja, precisam do macho e da fêmea pra reproduzir.


É MUITO importante frisar, e é agora que vem o alerta, que essa espécie faz parte dos 4 escorpiões potencialmente fatais brasileiros, juntamente com T. bahiensis, T. serrulatus e T. stigmurus. É uma espécie que não está tão inserida em ambiente urbano como as outras, e são mais selvagens, tendendo a ser mais rápidas, ágeis, e se necessário, defensivas. São animais que podem assustar caso resolvam correr, e mesmo durante essa corrida, podem “chicotear” o aguilhão aleatoriamente em qualquer direção. Além disso, podem usar o abdome posterior (“cauda”), de forma bem ágil, a fim de alcançar superfícies mais altas, como a boca do pote que eles não conseguem escalar normalmente.


Por conta desses comportamentos, muita gente fica com medo de fazer furos de ventilação, ou de retirar restos de alimentos, deixando os indivíduos meio que “largados”.



Portanto, se NÃO tiverem experiência com escorpiões, não é uma espécie aconselhável de se adquirir MAS, se ainda assim quiser uma, monte o terrário de forma ADEQUADA AO BICHO e, se sentir muito pressionado ou achar que a espécie da muito trabalho, NÃO SOLTE, pois a possibilidade de se tornarem espécie invasora em outras regiões do Brasil são grandes, enfim, caso aconteça de “não querer mais”, doe pra quem tem condições de cuidar, não só a espécie, mas a natureza em geral, agradecem.

Por Adalberto Peixoto

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