Foto cedida por David Parks Paradoxophyla palmata, uma rã de cabeça-estreita nativa de Madagascar. O colorido marrom e amarelo da rã, assim como sua textura áspera, permite que ela passe desapercebida com a lama e os troncos de árvores em seu meio ambiente. |
Cores ocultas
A maioria das espécies animais no mundo desenvolveu algum tipo de camuflagem natural que os ajuda a encontrar comida ou evitar ataque. A natureza específica desta camuflagem varia consideravelmente de espécie para espécie.Foto cedida por Carl Roessler Um peixe falcão xadrez, fotografado na costa de Papua Nova Guiné - a coloração atraente dos peixes permite que eles se misturem com estes brilhantes corais gorgonianos |
- a camuflagem desenvolve-se diferentemente dependendo da fisiologia e comportamento de um animal. Por exemplo, um animal com pêlo desenvolverá um diferente tipo de camuflagem de um animal com escamas, e um animal que nada em grandes cardumes desenvolverá uma camuflagem diferente de um outro animal que vive sozinho em árvores;
- o meio ambiente de um animal é freqüentemente o fator mais importante com o qual a camuflagem se parece. A camuflagem mais simples é aquela que combina o animal com o fundo de seu meio ambiente. Neste caso, os vários elementos do habitat natural podem ser usados como modelo para a camuflagem;
- como o objetivo final da camuflagem é esconder o animal de
outros, a fisiologia e o comportamento de seus predadores ou de suas
presas é altamente significante. Um animal não desenvolverá nenhuma
camuflagem que não o ajude a sobreviver, então nem todos os animais
misturam-se em seu meio ambiente da mesma maneira. Por exemplo, não há
sentido em um animal replicar a cor de seu meio ambiente se o seu
principal predador for insensível às cores.
Para a maioria dos animais, "misturar-se" é a camulfagem mais efetiva. Você pode ver este tipo de camuflagem em todos os lugares. Veados, esquilos, porcos-espinhos e muitos outros animais têm cor castanha, cores "tom de terra" que combinam com o marrom das árvores e do solo em uma floresta. Tubarões, golfinhos e muitas outras criaturas do mar têm uma cor cinza-azulada, que os ajuda a misturarem-se com a luz suave da água. -
Foto cedida por David Parks
Um sapo oculto - esta espécie desenvolveu uma cor, textura e forma que são similares às folhas encontradas em seu meio ambiente
- Biocromos, são pigmentos naturais microscópicos presentes no corpo de um animal que produzem cores quimicamente. Sua maquiagem química é tanta que eles absorvem algumas cores da luz e refletem outras. A cor aparente de um pigmento é a combinação de todas as comprimentos de onda de luz visíveis que são refletidas por esse pigmento.
- Os animais podem também produzir cores através de estruturas físicas microscópicas. Estas estruturas agem como prismas, refletindo e espalhando luz visível. Dessa maneira, uma certa combinação de cores é refletida. Os ursos polares, por exemplo, realmente têm a pele preta, mas parecem brancos por terem pêlos translúcidos. Quando a luz brilha em seus pêlos, cada pêlo desvia ligeiramente a luz. Isto rebate a luz ao redor, fazendo então com que parte dela incida sobre a superfície da pele do urso polar e o resto da luz seja refletida produzindo a coloração branca. Em alguns animais, os dois tipos de coloração são combinadas. Por exemplo, répteis, anfíbios e peixes com coloração verde normalmente têm uma camada de pele com pigmento amarelo e uma camada de pele que espalha a luz para refletir uma cor azul. Combinadas, estas camadas de pele produzem o verde.
As maneiras de coloração dependem da fisiologia de um animal. Na maioria dos mamíferos, a coloração da camuflagem está nos pêlos, já que esta é a camada mais externa do corpo. Nos répteis, anfíbios e peixes, está nas escamas; nos pássaros está nas penas; e nos insetos é parte do exoesqueleto. A própria estrutura da cobertura externa pode também evoluir para criar uma camuflagem melhor. Em esquilos, por exemplo, o pêlo é bastante áspero e irregular, então ele lembra a textura de casca de árvore. Muitos insetos têm uma carapaça que imita a textura macia das folhas.
Coloração de camuflagem é muito comum na natureza - você a vê em algum grau na maioria das espécies. Mas não é muito comum para um animal ser capaz de mudar sua coloração para combinar com um meio ambiente em mudança. Na próxima seção, veremos alguns dos animais que usam este tipo de camuflagem adaptativa.
Mudança de cor
Na última seção, vimos que a forma mais básica de camuflagem é a coloração que combina com o meio ambiente de um animal. Porém, o meio ambiente de um animal pode mudar de tempos em tempos. Muitos animais desenvolveram adaptações especiais que os permitem mudar sua coloração de acordo com a mudança em seu meio ambiente. Uma das maiores mudanças no meio ambiente de um animal ocorre na troca de estações. Na primavera e verão, o habitat de um mamífero pode estar cheio de verde e marrom, enquanto no outono e inverno tudo pode ser coberto de neve. Enquanto a coloração marrom é perfeita para um meio ambiente amadeirado de verão, pode tornar o animal um alvo fácil contra um fundo branco. Muitos pássaros e mamíferos lidam com isto produzindo diferentes cores de pêlo ou pena dependendo da época do ano. Na maioria dos casos, tanto a mudança da luz do dia ou a mudança na temperatura desencadeiam uma reação hormonal no animal, o que causa a produção de diferentes biocromos.
Reproduzido com a permissão do Ministro do Trabalho Público e Serviços Governamentais do Canadá, 2001
Como mudam as estações, a raposa do Ártico muda a cor de sua pelagem. Na primavera e verão, ela tem uma pelagem escura, para combinar com a terra marrom em seu meio ambiente. No outono e inverno, ela vale-se de pêlos brancos, para combinar com a neve do meio ambiente.
Foto cedida por David Parks
Chamaeleo pardalis, uma espécie de camaleão encontrada nas florestas de Madagascar. Os camaleões podem produzir uma grande variedade de cores e padrões em sua pele, mas eles fazem isso principalmente para expressar o humor, não para misturar-se em diferentes ambientes.
Sépias, com essa habilidade, pode gerar uma ampla gama de cores e muitos desenhos interessantes. Por perceber a cor de um fundo e constringindo certa combinação de cromatóforos, o animal pode misturar-se a todos os tipos de meio ambiente. As sépias também podem usar esta habilidade para comunicarem-se. O camaleão, por exemplo, altera a coloração de sua pele usando um mecanismo similar, mas não para se camuflar. Camaleões tendem a trocar a cor de sua pele quando o humor deles muda, não quando se movem para meio ambientes diferentes.
Na verdade, algumas espécies de animais trocam os pigmentos que existem em sua pele. Nudibranches (uma pequena criatura marinha) troca sua coloração por alterar sua dieta. Quando um nudibranche alimenta-se de um tipo específico de coral, seu corpo deposita os pigmentos deste coral na pele e extensões externas do intestino. Os pigmentos aparecem, e o animal torna-se da mesma cor que o coral. Como o coral não é só a comida da criatura, é também seu habitat, a coloração é a camuflagem perfeita. Quando a criatura se move para um coral de cores diferentes as do anterior, seu corpo troca de cor com a nova fonte de comida. Similarmente, algumas espécies de parasitas, assumem a cor de seu hospedeiro, que também é a sua casa.
Muitas espécies de peixe gradualmente produzem diferentes pigmentos sem mudar sua dieta. Isto funciona mais ou menos como troca de pelagem sazonal em mamíferos e pássaros. Quando o peixe troca de meio ambiente, ele recebe sinais visuais de um novo modelo de ambiente. Baseado no seu estímulo, estas espécies começam a liberar hormônios que mudam a maneira de seu corpo produzir pigmentos. Com o tempo, a coloração dos peixes muda para combinar com seu novo meio ambiente.
fonte How stuff works
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